O artigo apresenta uma reflexão sobre a guerra a partir de Carl Schmitt e Hannah Arendt. Para tanto, realiza-se um recorte na obra de cada autor. De Carl Schmitt, discute-se o livro O conceito do político (2009) que contém ainda A teoria do Partisan. De Hannah Arendt, restringe-se a Sobre a violência (2001), A promessa da política (2020), e alguns ensaios contidos em Entre o passado e o futuro (2009). Neste sentido, Carl Schmitt permite discutir o papel da inimizade (...) para a decisão acerca da guerra e como essa situação-limite, ao mesmo tempo, constitui e afeta a dimensão do político. Já Hannah Arendt permite delinear certos traços constitutivos das guerras modernas que escapam à preocupação central Schmittiana, sobretudo o perigo intrínseco da inimizade produzir não a intensificação do político, mas a eliminação da vida humana sobre à Terra. Trata-se, enfim, de pensar o efeito do avanço tecnológico no campo dos assuntos humanos e como essa tópica transforma o estatuto da guerra. (shrink)

Os poetas elegíacos romanos estabelecem, em seus versos, uma forte relação entre o amor e a guerra. Os vocábulos usados para descrever os deuses do amor, Vênus e Cupido, ou o próprio ato amoroso, associam-se a vocábulos bélicos. Trava-se uma batalha entre os amantes ou entre o deus do Amor e aquele que foi ferido por sua flecha. Essa associação explica-se por questões míticas, as relações amorosas entre a deusa do amor e o deus da guerra, nas mitologias (...) grega e latina, e também por questões históricas, já que o nascimento da elegia, em Roma, acontece em um momento conturbado de guerras externas e internas. Exemplificaremos a relação entre amor e guerra com versos dos principais poetas que escreveram elegias amorosas, em Roma, Catulo, Tibulo, Propércio e Ovídio. (shrink)

O presente trabalho visa discutir a política exterior brasileira no imediato pós-Segunda Guerra Mundial sob a ótica do conceito de imposição do alinhamento. O fim do conflito trouxe consigo uma nova configuração das relações internacionais. O posicionamento brasileiro durante o período foi alvo de diversas análises que buscavam compreender a maneira como o presidente Eurico Gaspar Dutra conduziu a política externa do país. O momento de disputa por áreas de influência entre Estados Unidos da América e União Soviética poderia (...) lograr vantagens ao Brasil. Entretanto, a postura do governo brasileiro não permitiu que o país alcançasse seus objetivos do ponto de vista da política internacional já que seu alinhamento aos norte-americanos foi automático, diferentemente do que defende a imposição do alinhamento. O conceito sustenta que o atendimento das expectativas do governo dos EUA não era simplesmente sinônimo de subserviência aos interesses estadunidenses, mas uma condição a que o Brasil estava sujeito. (shrink)

Paulo Arantes explora a imagem original de fronteira que nasce com a modernidade e reflete sobre seus desdobramentos na atualidade geopolítica. O ponto de partida é a tese do sociólogo polonês Zygmunt Bauman de que os atentados de 11 de setembro de 2001 teriam marcado o fim simbólico da “era do espaço” e inaugurado uma era de vulnerabilidade permanente que ele denomina “terra de fronteira global”. Arantes recupera a teoria schmittiana de “nomos da terra” para explicar a transformação em curso. (...) Interessa-lhe sobretudo o poder de desmistificação do pensamento liberal moderno que a franqueza do jurista alemão reacionário oferece. Afinal, sua teoria da vinculação intrínseca entre ordenamento jurídico e enraizamento espacial permite reconhecer na descoberta do Novo Mundo e na experiência colonial a precondição da instauração do jus publicum eruropaeum, do reconhecimento mútuo de Estados soberanos europeus e da consequente racionalização e descriminalização da guerra próprios da constituição do capitalismo. Na contramão da euforia globalizante da ideologia contemporânea, a teoria de Schmitt revela como o núcleo orgânico do capitalismo e sua periferia colonial surgem juntos e devem terminar separados, pois o fosso entre ambas seria constitutivo. A segunda consequência extraída é de que se o fundamento do estado de direito na Europa é seu avesso no ultramar, esse processo também é coetâneo de um pensamento por linhas globais. É nesse contexto que Arantes procura refletir sobre a novidade identificada por Bauman e já intuída por Schmitt no pós-guerra com o surgimento de uma potência nacional fora da Europa e que passa a reivindicar autoridade sobre um espaço já não é mais nacional. Demarcando uma nova linha global denominada “hemisfério ocidental”, os EUA inaugurariam também um novo conceito de soberania que despreza a antiga noção de anexação territorial e desarticula a relação intrínseca entre direito, Estado e territorialidade – processo que remonta tanto ao esgotamento da sangrenta expansão na frontier estadunidense quanto à vitória bélica avassaladora da jovem nação americana no desfecho das guerras mundiais às portas da Era Atômica. Os atentados contra o World Trade Center e os desmandos da política externa do Governo Bush aparecem assim como apenas as manifestações mais recentes e vistosas desse novo paradigma histórico em que tudo tornou-se fronteira e cuja marca é a generalização do estado de sítio. (Resenha por Artur Renzo). (shrink)

À medida que vamos desenhando (desde há séculos, se não milénios) o mapa-mundi da globalização, cada Povo, cada Nação também mostra interesse em ir vincando a sua carta nacional. Neste esforço de definir e reforçar cada identidade colectiva, claro está que não se esconde qualquer perigo desde que não se confunda “individualização” com “individualismo”. Ao comemorarmos uma vez mais (agora em 2015) a “Conquista de Ceuta”, nós Portugueses não pretendemos apoucar os então vencidos, já que é o “encontro” com os (...) “outros” que nos move e distingue. Um encontro que nem mesmo a acirrada guerra religiosa e ideológica de então logrou obliterar por completo; ainda que luta armada e outras actividades geradoras de “honra”, “proveito” e “fama” tenham balanceado um Portugal independente para mais conquistas (ultramarinas), colonizações (sobretudo de espaços sem homens), descobertas (geográficas e humanas) e ensaios (modernos) de governação e administração. “Ceuta”, obviamente, não foi começo de tudo isto, mas continua a ser “registo de memória” e “dever de história”, que não apenas para os Portugueses; por tal, decidimos redigir esta colectânea de artigos. As we have been drawing (for centuries, if not millennia) the mapa-mundi of globalization, each People, each Nation also shows interest in being credited with their national charter. In this effort to define and reinforce each collective identity, it is clear that no danger is concealed if one does not confuse "individualization" with "individualism". As we celebrate once more (now in 2015) the "Conquest of Ceuta", we Portuguese do not intend to hide the defeated ones, since it is the "encounter" with the "others" that moves us and distinguishes us. An encounter that even the fierce religious and ideological war of that time managed to obliterate completely; Although armed struggle and other activities generating "honor", "advantage" and "fame" have balanced an independent Portugal for more conquests (overseas) colonizations (mainly of spaces without men), discoveries (geographic and human) and essays Modern) of governance and administration. "Ceuta", obviously, was not the beginning of all this, but it remains "memory register" and "duty of history", not only for the Portuguese but also for mankind, that’s why we decided to write this collection of articles. (shrink)

O presente resumo (resenha) visa a estabelecer a forma com a qual Erich Auerbach evidencia em Mimesis, sua obra magna, a realização da representação séria e problemática do cotidiano, considerando todas as forças motrizes sociais e históricas do contexto inserido, que se iniciam na separação diacrônica entre as obras de Homero e do Velho Testamento Judaico, e confluem na literatura do século XIX na França, mais precisamente nas figuras de Balzac, Stendhal e Flaubert. Para tal fim, além da consulta de (...) algumas das obras citadas, através do resumo do capítulo 18 da obra Mimesis, intitulada “Na Mansão de La Mole”, visa-se explicitar a conclusão da tese geral da obra, escrita em alemão em 1946 enquanto o autor estava em exílio na Turquia devido à Segunda Guerra Mundial e sua descendência judaica, e que percorre em 20 capítulos as obras fundamentais da literatura ocidental. Partindo da Odisséia de Homero e do Velho Testamento da Bíblia, passando por autores da Antiguidade e do período Patrístico e Medieval como Petrônio, Gregório de Tours. Chrétien de Troyes, Dante, Bocaccio e Antoine de La Sale, seguidos no Renascimento, na Modernidade e no Iluminismo por Rabelais, Montaigne, Shakespeare, Cervantes, La Bruyère e Molière, Abade Prévost e o drama burguês de Schiller, Auerbach expõe de forma sistemática de que forma a literatura e a representação mimética da realidade resultaram numa consideração séria e problemática do cotidiano, à qual se chega apenas no capítulo 18, ao qual aqui se resume, evidenciando no Século XIX Francês, como considera a tese geral do autor, as figuras e as obras de Stendhal (O Vermelho e o Negro), Balzac (O Pai Goriot) e Flaubert (Madame Bovary) como síntese de tal evolução. Para fins de exemplo da literatura contemporânea ocidental, ainda há os capítulos sobre a obra dos Irmãos Goncourt e o capítulo de fechamento sobre Virginia Woolf, além de contar com um epílogo, concluindo dessa forma um dos mais importantes ensaios crítico-literários já escritos no Ocidente, e do qual é tratado no presente resumo. (shrink)

Medeia representa a mais antiga das peças euripidianas em que o panegírico de Atenas como espaço de harmonia e espelho de valores gregos está presente. Tendo em conta o horizonte histórico da sua representação – o início da Guerra do Peloponeso e uma das suas causas próximas, os confrontos bélicos com Corinto - o contraste Creonte/Egeu confere a esse panegírico uma natureza publicitária. Nesse horizonte sobressai a crítica euripidiana ao comportamento ético grego, na figura de Jasão, que transgride juramentos, (...) pactos de fidelidade, confirmados pelo apertar da mão direita e consubstanciados no leito, espaço de geração dos filhos, bem como transgride a reciprocidade de philia, que é base das relações sociais e no oikos. Por isso Medeia, a bárbara que se esforçou primeiro por se aculturar, radicaliza o seu sentimento de não pertença à Hélade. Eurípides equaciona já aqui a subversão do binómio Grego/Bárbaro. (shrink)

O presente artigo trata do problema da crise diagnosticado por Husserl como uma crise existencial do sentido da Filosofia e de sua tarefa perante as ciências em geral. A crise das ciências é resultado de uma crise mais profunda e existencial, a crise da Filosofia, que ao perder seu caráter universal e condutor, ao duvidar do seu poder reflexivo, questionador e racional (não pensado como na modernidade), tem por resultado ser deixada de lado. As ciências positivas e técnicas dominaram a (...) contemporaneidade e assumiram as rédeas do conhecimento na condução da vida humana. As consequências do ceticismo da Filosofia para consigo mesma cria todo tipo de conhecimento, produz aberrações científicas e pseudociências. O distanciamento do caráter reflexivo, originário e universal da Filosofia para o conhecimento reflete e contribui para a recaída à barbárie, guerra e falta de orientação existencial da humanidade. Como solução Husserl propõe uma renovação na Filosofia, como será visto já no artigo da revista Kaizo de 1923, e posteriormente, propõe o renascimento da Filosofia na conferência A crise da humanidade europeia e a Filosofia de 1935 e também resgata a temática na obra que foi o seu testamento filosófico A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental. Uma introdução à filosofia fenomenológica de 1936. A discussão da crise existencial da humanidade inicia-se antes dos textos mais conhecidos de Husserl sobre o tema, mostrar-se-á tais indicativos e algumas teses de comentadores com propósito de vincular os reflexos da crise da Filosofia num contexto maior de crise da humanidade. (shrink)

Os escritos de Nicolau Maquiavel foram lidos por várias pessoas de modo não confessional desde a sua divulgação. Indícios apontam que os ingleses tiveram acesso as suas obras já no reinado de Henrique VIII, ainda que de forma restrita à elite inglesa, que tinha familiaridade com o idioma italiano. Decerto que as obras do florentino ofereceram uma sólida contribuição ao pensamento político inglês, o que, por sua vez, estimulou uma reflexão crítica ao fenômeno político, bem como aos valores vigentes, pois, (...) como se sabe, suas ideias serviram de inspiração para muitos escritores. A bem da verdade, cotejando as produções inglesas, principalmente após a guerra civil, sente-se a influência de Maquiavel. David Hume, que viveu entre 1711 a 1776, dois séculos depois da circulação dos escritos na Inglaterra, quando o florentino já era um referencial ali, não tinha como desconhecer as contribuições dos escritos políticos de Maquiavel, já que uma série de autores faziam referência diretas a ele, muitos dos quais, comentados pelo escocês. Em uma época em que era pernicioso fazer menções louváveis ao pensamento do florentino, há vestígios de que Hume usou estratégias para colocar suas posições próximas, e dado aos indícios encontrados neste escrito, defende-se a posição de que a familiaridade do escocês com os textos de Maquiavel era grande, visto que ele conhecia bem o “corpus machiavellicus”. (shrink)

The question of how we should engage with a philosopher’s racial thought is of particular importance when considering Kant, who can be viewed as particularly representative of Enlightenment philosophy. In this article I argue that we should take a stance of deep acknowledgment when considering Kant’s work both inside and outside the classroom. Taking a stance of deep acknowledgment should be understood as 1) taking Kant’s racial thought to be reflective of his moral character, 2) Kant being accountable for his (...) racial thought and 3) being willing to consider the possibility that Kant’s racial thought is consistent with and inextricable from his moral philosophy. Alternative forms of engaging with Kant’s racial work have either moral or pedagogical failings, which range from simply teaching the history of philosophy uncritically to outright deception. A stance of deep acknowledgement will allow philosophers to understand how Kant’s racial thought interacts with his moral philosophy and allow instructors to teach philosophy in a historically contextualized approach so as to not alienate students whose demographic was disparaged by Kant. (shrink)

Collected articles on spiritual life based on the life of Bābu Rāṇapurā, mystic-saint poet from Gujarat; previously published in Kacchamitra, a Gujarati daily.

The denial of voting rights to certain types of persons continues to be a moral problem of practical significance. The disenfranchisement of persons with mental impairments, minors, noncitizen residents, nonresident citizens, and criminal offenders is a matter of controversy. This book makes a contribution to this largely neglected yet key topic.

Collected articles on spiritual life based on Bābubhāī Raṇapurā, 1940, Hindu saint; previously published in Kacchamitra, a Gujarati daily.

Revisión del libro José Sazbón. Una antología comentada de su obra. Tomos I y II por D. Lvovich y A. Pérez (Org.).

Revisión de la tesis Orígenes y consolidación de la Asociación Madres de Plaza de Mayo de Mar del Plata (1976-1989).

Este artículo describe un estudio realizado con docentes de primaria y secundaria en varias comunidades españolas. El estudio se centra en la percepción del profesorado sobre el uso del Aprendizaje Basado en Juegos (ABJ) en el aula, tratando de averiguar en qué medidas los docentes implementan el uso de esta metodología en sus aulas. Un cuestionario fue creado ad hoc para este propósito y fue debidamente validado. Los resultados de este estudio muestran que la mayoría de los docentes son proclives (...) a la utilización del ABJ, y que lo perciben como algo positivo para el aprendizaje significativo del alumnado. (shrink)

This article compares the ‘enfranchisement lottery’, a novel method for allocating the right to vote, with universal suffrage. The comparison is conducted exclusively on the basis of the expected consequences of the two systems. Each scheme seems to have a relative advantage. On the one hand, the enfranchisement lottery would create a better informed electorate and thus improve the quality of electoral outcomes. On the other hand, universal suffrage is more likely to ensure that elections are seen to be fair, (...) which is important for political stability. This article concludes that, on balance, universal suffrage is prima facie superior to the enfranchisement lottery. Yet the analysis shows that the instrumental case for the ‘one person, one vote’ principle is less conclusive than democratic theorists usually suppose. (shrink)

This article advances three claims. The first is that the standard instrumentalist case for minimal age and sanity requirements for voting is weak and inconclusive in such a way that the evaluation of such requirements should be made exclusively on the basis of procedural fairness considerations. The second claim is that fairness requires the inclusion of all and only those persons who have the franchise capacity: the minimum necessary cognitive and moral powers to experience the benefits of enfranchisement. The third (...) and final claim is that current age and sanity prerequisites for voting in most places fail to comply with the demands of fairness and ought to be revised. (shrink)

Desde la visión de Ortega y Gasset y Julián Marías aparece el pensador Árabe Ibn Jaldún como uno de los principales puentes tendidos entre Oriente y Occidente, tanto que es considerado por ambos como el primer filósofo de la historia. Según afirmaciones de Ortega, el pensador árabe es el cimiento que heredaron las generaciones de ambos pensadores españoles.

This article compares the ‘enfranchisement lottery’, a novel method for allocating the right to vote, with universal suffrage. The comparison is conducted exclusively on the basis of the expected consequences of the two systems. Each scheme seems to have a relative advantage. On the one hand, the enfranchisement lottery would create a better informed electorate and thus improve the quality of electoral outcomes. On the other hand, universal suffrage is more likely to ensure that elections are seen to be fair, (...) which is important for political stability. This article concludes that, on balance, universal suffrage is prima facie superior to the enfranchisement lottery. Yet the analysis shows that the instrumental case for the ‘one person, one vote’ principle is less conclusive than democratic theorists usually suppose. (shrink)

This paper presents a synthesis of the methodology used when doing historical research from a positivist standpoint. It points out that the efforts of the historian to strictly imitate the scientific method is a fruitless effort which stems from the mechanistic worldview of the 17th century. In the ..

Even thought the emancipating feat of Cuba obteined always the support of people this continent, los lack of governmental recognition on the Latin American countries during tl~ew ar of 1895, joined to the virtual English acceptance of North American hegemony in the region, it maked easy the idea of the U.S.A to take part in the conflict Hispanic- Cuban in 1898.

In lieu of an abstract, here is a brief excerpt of the content:The Phenomenology of Superstition or a Phenomenological Superstition?Elena Ibáñez-Guerra (bio)KeywordsBehaviorism, constructionism, intentionality, operant behaviorWhen the editors of Philosophy, Psychiatry, & Psychology asked me to make some brief comments on two articles for the special issue edited by Pérez-Álvarez and Sass, I was delighted to accept, thinking that the task would be a straightforward one, and that I could easily meet the agreed deadline. But nothing could be further (...) from the truth. The articles were of such density and their content of such profundity that it took months of interpretation and study, and of bringing my own knowledge up to date, before I was in a position to understand the concepts, adjust my beliefs, and make some comments. I could certainly have delivered some kind of eulogy about the brilliance of their content; I might have countered with my own article. However, what seemed most coherent to me was to meet their arguments head on and deal with what I consider to be their principal weaknesses, leaving the bouquets for the end.The articles set out, as I understand them and within the clinical context, to relate phenomenology, in its most traditional form, with the most current form of Skinnerian behaviorism, situating themselves in a contextualism that is, at the same time, close to and removed from the most radical type of social constructionism.But let us begin by looking more closely at “Phenomenology and Behaviorism.” It is novel for me, though Professor Pérez-Álvarez had already proposed it several years ago (Pérez-Álvarez 1992), to view operant behavior as intentionality, or at least as involving final causality according to the Aristotelian classification. It is a surprising contention, not least because, as I recall, Skinner lived in a time and a context (historical reason) in which the basic goal of psychology was to convert itself into a natural science, comparable in all respects to physics, which it took as a model, focusing therefore on efficient causality (also according to Aristotle’s terminology), so that behavior was considered as the immediate consequence of a stimulus, and the stimulus–response association became the cornerstone of the discipline. It is true that the operant behavior concept refers to the functional relationship between behavior and reinforcement, but it is no less true that Skinner’s definition of reinforcement is totally empirical—“all that which increases or decreases the probability”—meaning that reinforcement can be considered neither as a motive nor as a reason for behavior, unless it be in the eyes of the observer. [End Page 251]Furthermore, even though Yela (1987) refers to Ortega y Gasset’s formula “I am myself and my circumstances” as a Skinnerian approach, the truth is that Yela himself argues that it is precisely the self that constitutes personality, such that I have a personality because I am me, and not vice versa, as Skinner would appear to argue. In this regard, Ortega’s celebrated formula has generally been interpreted, from the most personalist perspectives, as “the circumstances are myself”—to highlight the denial of the psychological subject by radical behaviorism (Mischel’s [1968] criticism of the concept of personality is relevant here). On top of this, Skinner’s rejection of all that was not directly observable, or at least, that could not be operationalized, calls into question the admissibility of anything called final cause or intentionality of behavior. In his philosophy, all the indications are that contingencies are what determine behavior; and that there would be no room for a structural causality, as Althusser would argue, or of a reciprocal determinism, in Bandura’s terms, or even of an interaction between subject and environment, as modern interactionists would maintain. “I am myself and my circumstances” seems in Skinner to become “the circumstances are me”, and indeed, the reinforcement history – which in the article in question is considered as something akin to the Sartrian idea of “life project” – is for Skinner nothing more than a continuous association of events. In my view, Ortega’s perspectivism would perhaps be closer to the sociology of the American action theorists, Merton, Parsons, etc., than to Skinnerian behaviorism, since “action”—as the action theorists... (shrink)

El resultado investigativo se centra en una de las prioridades de la línea del polo científico territorial y nacional: la necesidad de rescatar el papel de la intelectualidad cubana durante la República. Se analiza el papel de la cultura y la cubanía en la cosmovisión filosófica de Juan Marinello. El método empleado presupone un análisis dialéctico de la realidad, sustentado en una perspectiva crítica que permite interpretar y enriquecer la concepción sobre los hechos y procesos históricos. Desde una visión holística (...) del pensamiento filosófico cubano se revela la complejidad de un fenómeno multifactorial, la cubanía, como construcción cultural, a partir de la articulación de la concepción martiana y marxista de la cultura y los valores, lo que constituye un acierto del quehacer teórico - práctico marinelliano. El conocimiento de esta perspectiva enriquece los estudios sobre la obra de este intelectual y contribuye a dilucidar el devenir ideo-artístico y cultural cubano. The result of the research focuses on one of the priorities of the territorial and national scientific pole line: the need to recover the role of Cuban intellectuals during the Republic. The role of culture and Cubanism in Juan Marinello's philosophical world view is analyzed. The method used presupposes a dialectical analysis of reality, based on a critical perspective which allows to interpret and enrich the understanding of events and historical processes. From a holistic point of view of the Cuban philosophical thinking, Cubanism, a complex multifactorial phenomenon, is revealed as a cultural construction, starting from the articulation of Marti's and Marx's conception of culture and values, which is a good result of Marinello's theoretical-practical work. The knowledge of this perspective enriches the studies on the work of this intellectual and contributes to the clarification of the Cuban ideo-artistic and cultural evolution. (shrink)

RESUMEN Juan Marinello Vidaurreta, eminente trabajador de las letras, que no cambió la pluma por la política, sino que hizo de la política incesante gestión de creación espiritual. Vivió tres etapas decisivas de Cuba: los rezagos de la colonia española; la República mediatizada, que combatió; y el socialismo, que ayudó a consolidar. El objetivo es demostrar la confluencia del pensamiento martiano y marxista desde el análisis de la cultura en la obra de Juan Marinello Vidaurreta. Se asumió la concepción dialéctica (...) materialista como metodología general para conocer el objeto de investigación en sus antecedentes y tendencias actuales. Además permitió ampliar el conocimiento sobre el tema objeto de estudio, a través del análisis de texto, el contenido y el discurso; la crítica de fuentes posibilitó extraer inferencias a partir de la teoría preexistente y la información empírica acopiada. El pensamiento marinelliano se fue formando como resultado de la influencia del movimiento progresista cubano, del pensamiento martiano y marxista-leninista, lo más avanzado del pensamiento latinoamericano y universal. Subyace en su obra una concepción integradora y totalizadora de la cultura, de base martiana y marxista. ABSTRACT Juan Marinello Vidaurreta eminent worker of the letters that did not change the pen by the policy, but that made of the policy, incessant management of spiritual creation. He lived three decisive stages of Cuba: the lags of the Spanish colony; the mediated Republic, which fought; and socialism, which helped to consolidate. The objective is to demonstrate the confluence of Marti's and Marxist thinking from the analysis of culture in the work of Juan Marinello Vidaurreta. The dialectical materialist conception was assumed as general methodology to know the object of research in its antecedents and current trends. In addition it allowed expanding the knowledge on the subject under study, through the analysis of text, content and discourse; the critique of sources made it possible to draw inferences from the preexisting theory and the empirical information collected. Marinellian thought was formed as a result of the influence of the Cuban progressive movement, of Marti and Marxist-Leninist thought, the most advanced of Latin American and universal thought. It underlies in his work an integrative and totalizing conception of the culture, of Marti base and marxist. (shrink)